O feijão é um dos alimentos que mais aparecem no prato do brasileiro, especialmente na boa e velha combinação com o arroz. Não à toa, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, a produção da leguminosa na safra de 2018/2019 no país atingiu três toneladas.
São vários os tipos de feijão, e eles vão muito além dos famosos carioca e preto, por exemplo. Além disso, eles contam com características diferentes entre si, e, de forma geral, ainda carregam importantes nutrientes para o bom funcionamento do organismo, como carboidratos, fibras, proteínas, vitaminas e sais minerais, como cálcio e ferro. Que tal conhecer alguns deles?
1- Feijão branco
O feijão branco é o ingrediente principal do cassoulet, um clássico prato da França conhecido como “feijoada francesa”. No entanto, aqui no Brasil não é um dos tipos de feijão mais consumidos.
Pelo fato de não formar uma grande quantidade de caldo, embora o que seja gerado se mostre cremoso, o alimento é comumente utilizado na receita de dobradinha e também em saladas e ensopados. Além disso, ele ainda pode ser empregado na combinação com arroz, carnes e pratos vegetarianos.
O feijão branco tem grãos grandes de formato longo, casca fina, cor branca e sabor com traços amanteigados.
2 – Feijão carioca
O feijão carioca, também conhecido como carioquinha, é um dos tipos de feijão mais utilizados na culinária, além de ser o principal do Brasil.
Por isso, ele aparece com frequência no cardápio do dia a dia, podendo ser o ingrediente principal de caldos e sopas, na combinação com o tradicional arroz, e ainda para acompanhar proteínas, como carnes vermelhas, frangos e peixes.
Vale saber que seu nome, que remete ao Rio de Janeiro (onde, na verdade, o preto é o tipo mais consumido), foi inspirado na semelhança que o grão tem com o visual do icônico calçadão de Copacabana.
O feijão carioca apresenta tamanho médio, formato arredondado, casca fina, cor bege com listras marrons, e sabor agradável.
3 – Feijão de corda
O feijão de corda muitas vezes é também chamado de feijão fradinho. No entanto, mesmo com características bastante semelhantes, especialmente porque o primeiro faz parte da família do segundo, eles são diferentes, como por exemplo na cor. Ou seja, o de corda nada mais é do que uma variedade do fradinho.
Tendo seu nome inspirado na dificuldade de desenvolvimento no Cerrado, onde é plantado no fim do período de chuvas, ele é conhecido como feijão-caupi, feijão-miúdo, feijão-macassar, entre outros.
Seu consumo é mais popular nas regiões norte e nordeste do país, além de Minas Gerais. Por isso, é comum utilizar o alimento em opções da culinária típica, como ao ser servido como aperitivo, uma vez que não produz muito caldo, e também com arroz e carnes variadas.
Com grãos pequenos, o feijão de corda tem formato arredondado, casca fina, cor marrom, e hilo (“mancha”) preto e branco.
4 – Feijão fradinho
O feijão fradinho não é o mesmo tipo que o de corda, embora seja comum a confusão entre esses tipos. Além disso, também é importante saber que ele leva o nome de feijão verde quando não está maduro.
Ele é uma das opções mais utilizadas na culinária da Bahia, como ao fazer parte da típica receita de acarajé, assim como também é consumido com arroz, farofas, saladas e o famoso prato baião de dois por não gerar caldo.
Seus grãos apresentam tamanho pequeno, formato arredondado, casca fina, cor bege, hilo preto e branco, e sabor frutado.
5 – Feijão jalo
O feijão jalo é um dos tipos de feijão menos consumidos no Brasil, mesmo se mostrando presente em pratos da culinária mineira e do centro-oeste do país. Entretanto, ele faz sucesso em terras árabes.
É importante saber que existe também o feijão jalo-roxo, uma variação dessa espécie que, embora o nome possa confundir, se apresenta em cor vermelha. Seu tamanho é maior do que o primeiro, por exemplo, e boas opções de combinações para ele são saladas e sopas.
Pelo fato de produzir um caldo grosso e encorpado, o feijão jalo geralmente é empregado em algumas receitas tradicionais de feijão, como feijoada, tropeiro e tutu, mas também sopas e virados.
Com grão de tamanho grande, revela formato alongado, casca fina, cor amarela, hilo marrom e branco, e sabor amanteigado.
6 – Feijão preto
O feijão preto é um dos tipos de feijão mais consumidos no Brasil, além de ser o preferido da população carioca.
Ingrediente fundamental da aclamada feijoada, ele produz bastante quantidade de caldo e, por isso, também aparece com frequência em caldos e pratos da culinária mexicana. Como já é de se esperar, o arroz se mostra um ótimo acompanhante para esse alimento, assim como carnes vermelhas e farinhas.
O grão do feijão preto revela tamanho pequeno, formato de rim, casca firme, cor preta, hilo branco, e sabor com toques terrosos.
7 – Feijão rosinha
O feijão rosinha é um dos tipos de feijão mais delicados que existem. Por isso, a aparição de pragas e outros fatores externos tornam o seu cultivo bastante difícil, embora esse grão tenha sido um dos mais consumidos no país antes dos anos de 1970.
Utilizado com frequência na culinária mexicana, ele também combina muito bem com arroz, molhos e saladas. Além disso, vale saber que o alimento forma um caldo grosso.
Como seu nome já apresenta, o feijão rosinha tem cor rosa bem clara. Ele também se apresenta com tamanho pequeno, formato arredondado, casca fina, hilo rosa e branco, e sabor adocicado.
8 – Feijão vermelho
O feijão vermelho é um dos tipos de feijão que não é tão consumido quanto outros, mas também não é raro encontrá-lo em pratos tipicamente brasileiros e franceses, como em sopas e combinações com carnes e saladas, já que gera bastante caldo.
Como o próprio nome revela, seus grãos têm cor avermelhada, resultado de pigmentos de antioxidantes que são responsáveis por atuar no combate à ação dos radicais livres no organismo.
Seu tamanho pode variar, apresentando grãos menores ou maiores, assim como seu formato, que pode ser mais longo ou arredondado lembrando um rim. De casca fina, tem hilo branco e sabor forte.
–
Você já experimentou todos esses tipos de feijão? Tem algum outro do qual gosta? Confira também outros posts sobre feijão que já fizemos aqui no Blog do Pão!