Na região argentina de Mendoza existe uma vinícola que é unanimidade entre os mais famosos críticos de vinho, como Robert Parker, Jancis Robinson e Wine Spectator. Seu nome é Bodega Catena Zapata, e ela é conhecida por produzir alguns dos rótulos mais especiais do país hermano. Quer saber mais sobre esse produtor renomado? Confira a seguir!
Conheça a história da Catena Zapata
Pode-se pensar que a massa está para a culinária italiana assim como o vinho Catena Zapata está para a viticultura argentina. Afinal, a bodega e seus rótulos são referência no país quando o assunto é tradição, excelência e soberania na produção vinícola.
Inclusive, sabia que a Bodega Catena Zapata já foi eleita “o melhor produtor da Argentina” por Parker? Fundada em 1902 por Nicola Catena, ela é conhecida por ser pioneira no ressurgimento da uva Malbec no país e também por descobrir terroirs em altitudes extremamente altas nos pés dos Andes, em Mendoza.
O início da história da bodega, porém, remete ao ano de 1898, quando o imigrante italiano zarpou do Velho Mundo em direção às terras hermanas para tornar realidade seu sonho de produzir vinhos únicos. Ao encontrar em Mendoza as condições de clima e solo que desejava, decidiu começar ali a jornada de uma das vinícolas mais respeitadas do mundo.
Um século de tradição
Domingo, filho mais velho de Nicola Catena, foi o responsável por dar continuidade ao sonho do seu pai de produzir vinhos de qualidade superior.
Pouco mais de 30 anos após a fundação da Catena Zapata, e depois de se casar com Angélica Zapata, ele assumiu com maestria o posto de responsável pelos rótulos elaborados. Além de ter sido precursor na Argentina ao inserir métodos europeus na fabricação de vinhos, Domingo também consolidou o sucesso da vinícola a nível mundial.
Com o passar das décadas, a Bodega Catena Zapata colhia cada vez mais vitórias de um árduo trabalho. Mas nos anos de 1960, quando a economia do país teve um colapso e a inflação disparou, ela atravessou um período bastante difícil e apresentou uma produção escassa. Anos depois, porém, ela não só conseguiu voltar ao que era, como ultrapassou expectativas próprias e externas com a criação de rótulos excepcionais.
Nos últimos 50 anos, com reconhecimentos, menções e premiações, ficou mais do que comprovado que a família Catena revolucionou não apenas a sua história, mas também a de toda a Argentina no mundo do vinho.
A lenda de nome Nicolás Catena
Na década de 1980, Nicolás Catena, filho de Domingo e neto de Nicola, já estava trabalhando com a família quando decidiu explorar o universo vinícola californiano, especialmente o produtor ícone Robert Mondavi. De lá, voltou para sua terra natal com novas ideias que seguiam o estilo francês de produção e projetaram ainda mais a bodega no cenário mundial.
Foi com a presença e atuação de Nicolás que a Bodega Catena Zapata fixou seu nome junto aos produtores mais consagrados do mundo. Inclusive, vale saber que ele já foi eleito “Homem do Ano” pela revista de vinhos Decanter. Também é interessante citar como curiosidade que, dentro do ramo da viticultura, existem comentários sobre haver uma divisão na história vinícola da Argentina: antes de Catena (a.C.) e depois de Catena (d.C).
Laura Catena, filha mais velha de Nicolás, também teve um papel fundamental na história da bodega. Junto com seu pai, ela trabalhou e estudou consistentemente sobre uvas, regiões, terroirs e outras características das áreas altas mendocinas que têm ligação com o universo vinícola.
Bons vinhos começam nos vinhedos
A Bodega Catena Zapata tem como missão elaborar vinhos ricos e inesquecíveis que refletem o lugar especial de onde vêm. Por isso, cada exemplar é pensado nos mínimos detalhes.
Seus vinhedos são históricos, estão localizados em regiões vinícolas privilegiadas da Argentina e são divididos em seis áreas. Enquanto os de nomes Angélica, Nicasia, Domingo, Adrianna e Angélica Sur homenageiam integrantes da família, o La Pirámide foi inspirado na construção da bodega, que tem formato de pirâmide.
O prédio foi idealizado entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000, e a influência de sua construção remete à arquitetura maia. Além do terraço com belíssima vista para a Cordilheira dos Andes, o edifício também conta com outros ambientes surpreendentes, como uma cave fria com barris de carvalho para envelhecimento de vinhos e sala de degustação.
Bodega Catena Zapata além da uva Malbec
É fato que foi com a uva Malbec que a Catena Zapata alcançou seu lugar ao sol. Mas também existem outras castas que são responsáveis por originar vinhos de grande valor. Afinal, cada rótulo também traz consigo toda uma bagagem de história e know-how da família argentina mais lendária do universo vinícola.
Com as tintas Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Syrah, Petit Verdot e Cabernet Franc, e as brancas Chardonnay e Viognier, a bodega cria vinhos igualmente cativantes. Assim como com os vinhedos da Malbec, as videiras dessas uvas também são cultivadas em regiões localizadas aos pés dos Andes, como Vale do Uco, Luján de Cuyo e Tupungato, cada uma no seu terroir ideal.
De forma geral, isso significa que grande amplitude térmica e solo pobre e pedregoso com baixa fertilidade são as características predominantes dessas áreas. Ou seja, fatores bastante propícios para a elaboração de vinhos de qualidade verdadeiramente superior.
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Gostou de conhecer a Bodega Catena Zapata e quer degustar seus vinhos? No Pão de Açúcar Adega, você encontra uma seleção incrível! Veja também outros posts de vinho e histórias de vinícolas que já publicamos aqui no Blog do Pão!