Você tem clareza de como deve construir o seu prato para que ele seja fonte da energia que você precisa para o seu dia? E como o seu corpo alterna entre dias que quer comer mais leve com refeições em que sente mais fome e que quer comer mais? É nesse sentido que a pirâmide alimentar entra em cena para ajudar nessa compreensão. 

Mais do que uma ilustração bonita, ela é um mapa simples que mostra como montar refeições equilibradas e gostosas para que você tenha todos os nutrientes necessários ao longo do dia. E é para te explicar mais como ela funciona que preparamos este conteúdo para você. hoje vamos entender quais são os grupos, como adaptar na sua rotina de forma saborosa e como deixar a sua rotina mais saudável. Vamos lá? 

O que é a pirâmide alimentar?

A pirâmide alimentar é uma ferramenta criada para orientar o equilíbrio das nossas refeições. Ela foi criada em 1992 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com uma missão especial: organizar os grupos de alimentos de forma hierárquica, mostrando o que deve aparecer mais, o que deve ser consumido com moderação e o que deve ficar em menor quantidade, apenas para ocasiões pontuais.

A lógica é simples:

  • Na base, estão os alimentos que dão energia e sustentação;
  • No meio, os que nutrem e regulam o corpo;
  • No topo, os que a gente deve aproveitar só de vez em quando.

Estrutura completa da pirâmide alimentar com os quatro grupos alimentares: base com cereais e pães, segundo nível com frutas e vegetais, terceiro nível com proteínas, e topo com óleos e açúcares.

Grupos da pirâmide alimentar

Seguir esse equilíbrio no dia a dia é uma maneira de cuidar da saúde sem abrir mão do prazer de comer bem. E mais: ajuda a evitar deficiências nutricionais, a reduzir o risco de doenças crônicas e até a montar pratos mais variados e coloridos.

No fundo, é sobre criar consciência sobre o que vai no seu prato, sem dietas ou radicalismos, dando espaço para você comer o que te nutre e o que te faz bem. A pirâmide traz seis grandes grupos de alimentos, distribuídos em níveis que indicam a frequência ideal de consumo. Vamos conhecer cada um?

Grupo dos cereais, tubérculos e raízes

pirâmide alimentar - cereais

Essa é a base da pirâmide. Ou seja, é a base da nossa energia diária. Esses alimentos fornecem carboidratos, que dão combustível para o corpo e ajudam a manter o ritmo ao longo do dia.

Aqui entram alimentos como:

  • Arroz;
  • Pães;
  • Massas;
  • Batata;
  • Mandioca;
  • Milho;
  • Outros cereais. 

Prefira as versões integrais ou minimamente processadas, que mantêm mais fibras e nutrientes. Elas garantem saciedade por mais tempo e ajudam no funcionamento do intestino. Em tempo, vale ver quais são os melhores carboidratos para a saúde para ver como equilibrar esses alimentos na rotina sem exageros.

Na prática, o ideal é incluir cereais ou tubérculos em todas as refeições principais, sempre variando as fontes. Arroz integral no almoço, pão com grãos no café da manhã, batata ou mandioca no jantar. Fato é: tudo pode se encaixar de forma equilibrada.

Grupo de frutas, legumes e vegetais

Frutas e vegetais coloridos — abacate, cenoura, tomate, mirtilo, laranja, cebola roxa, brócolis e outras hortaliças frescas representando o grupo de frutas e vegetais da pirâmide alimentar.

Coloridos, frescos e cheios de vida. São eles que trazem vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes para o corpo. Mais do que isso, frutas, legumes e vegetais também são alimentos reguladores, que ajudam o organismo a funcionar bem e fortalecem o sistema imunológico.

Por isso, esse é um grupo que está na base, logo acima dos carboidratos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ideal, inclusive, é consumir pelo menos cinco porções por dia, sendo três de frutas e duas de legumes ou verduras. 

Mas, no Brasil, muitos ainda não atingem essa quantidade: só cerca de 22,5% da população adulta, segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais consome a quantidade recomendada pela OMS (cinco porções diárias em pelo menos cinco dias por semana). E quanto mais variadas as cores, melhor. O verde-escuro, o laranja e o vermelho indicam nutrientes diferentes, e todos são importantes.

Ah, e uma dica prática: frutas também são ótimos lanches entre as refeições. Elas substituem doces e mantêm o corpo abastecido de energia natural.

Grupo das proteínas

Fontes de proteína da pirâmide alimentar — salmão, tofu, camarão, ovos, feijões, lentilhas, grão-de-bico, aveia e nozes sobre superfície escura.

Aqui entram as carnes, aves, peixes, ovos, leguminosas (como feijão, grão-de-bico, lentilha) e oleaginosas. As proteínas são fundamentais para a formação dos músculos, tecidos e células, além de participarem de várias funções do metabolismo.

O segredo está na variedade: combinar proteínas animais e vegetais ao longo da semana é uma forma inteligente e equilibrada de alimentar o corpo. E se você é fã de peixes, melhor ainda! O salmão e a sardinha, por exemplo, são espécies de peixe ricas em ômega-3, que faz bem ao coração.

Grupo de laticínios

Grupo de laticínios na pirâmide alimentar: leite integral, queijo fresco, iogurte natural e manteiga sobre tábua de madeira com espigas de trigo

Leite, iogurte e queijos compõem esse grupo, que é fonte importante de cálcio e proteínas. Esses nutrientes ajudam a manter os ossos e dentes fortes, além de contribuírem para o equilíbrio muscular e nervoso.

Mas, como tudo na pirâmide, aqui também vale o equilíbrio: prefira versões com menos gordura e açúcar, como leites semi ou desnatados, iogurtes naturais e queijos frescos (ricota, minas, cottage).

Eles podem aparecer em todas as refeições. Seja no café da manhã, num lanche rápido ou até no preparo de receitas.

Grupo de gorduras e óleos saudáveis

Grupo de gorduras e óleos saudáveis na pirâmide alimentar: ovos, salmão fresco, abacate, azeite de oliva, castanhas e sementes sobre superfície neutra

Nem toda gordura é vilã. Esse grupo inclui as boas gorduras, fundamentais para absorver vitaminas e manter a saúde das células. Aqui, destaque para o azeite de oliva, o abacate, as oleaginosas e sementes como linhaça e chia.

A dica é saber como usar com moderação. Pequenas quantidades já fazem a diferença. Experimente um fio de azeite sobre a salada, algumas castanhas no lanche ou uma colher de semente no iogurte, por exemplo. Já são formas simples de incluir esses nutrientes na rotina. 

Essas gorduras também ajudam na saciedade e dão um toque de sabor aos pratos. Afinal, alimentação saudável não precisa ser sem graça e nem deixar de ser saborosa.

Grupo de doces e açúcares

Grupo de doces e açúcares na pirâmide alimentar: refrigerante, suco industrializado, iogurte adoçado, bolo, biscoitos, muffins, balas de gelatina, chocolate e abacaxi em calda sobre mesa clara

No topo da pirâmide estão os alimentos que devem aparecer menos. Bolos, doces, refrigerantes e guloseimas são gostosos, mas em excesso acabam trazendo calorias vazias, ou seja, energia sem nutrientes.

Não é preciso cortar totalmente, mas vale reservar esses momentos para ocasiões especiais. O segredo está na moderação e na consciência. Por exemplo, dá para acabar com a vontade de doce com opções mais naturais, como frutas maduras ou sobremesas caseiras com ingredientes equilibrados. O que acha? 

Como é a versão brasileira da pirâmide alimentar?

A versão brasileira da pirâmide alimentar foi criada em 1999 por pesquisadores da USP que adaptaram as categorias básicas aos nossos hábitos, sabores e ingredientes típicos. Ou seja, ela foi pensada para refletir melhor a nossa cultura alimentar e os hábitos regionais.

E é aqui que  alimentos como feijão, mandioca, frutas tropicais e castanhas ganham espaço especial. É esse o guia que baseou o principal Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, que incentiva o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e o cuidado com o uso de ultraprocessados.

Isso significa que, mais do que seguir proporções, o importante é valorizar o que é natural, fresco e produzido com menos interferência industrial. 

Comer bem é viver melhor

Seguir a pirâmide alimentar não é sobre seguir regras rígidas. É sobre encontrar um equilíbrio que funcione para você, respeitando o apetite, os horários e o prazer de comer. Ao montar o prato, pense em cores, texturas e variedade. Cada refeição é uma oportunidade de nutrir o corpo e aproveitar o momento.

Inclua mais frutas e legumes, varie os cereais, teste receitas novas, troque o excesso de açúcar por ingredientes naturais. Aos poucos, o paladar se adapta e o corpo agradece. E lembre-se: saudabilidade também é sobre rotina, movimento, descanso e prazer. Comer bem é cuidar de si, mas também é uma forma de viver mais leve, feliz e saborosa.

Aqui, a gente acredita que cuidar da alimentação é uma forma de celebrar o dia a dia.
Por isso, aproveite e passe nas nossas lojas do Pão ou visite o site do Pão de Açúcar ou o app do Pão de Açúcar Mais para conferir os alimentos frescos que podem servir para a base da sua pirâmide alimentar, combinado? Porque, no fim das contas, cuidar da saúde é também saborear a vida com equilíbrio e alegria.

Até a próxima!